A Artrose Glenoumeral uma doença que cursa com degeneração da articulação do ombro. Ela se inicia na cartilagem e pode ser primária ou secundária (quando associada a doença pré-existente, por exemplo, na artrite reumatóide ou nas sequelas de fraturas).
Na espécie humana, o ombro é uma articulação peculiar pois permite uma grande variedade de movimentos para realização das atividades. Por exemplo: em situações normais, podemos levar a mão às costas, pegar um livro no alto de uma estante ou abrir os braços para alcançar um objeto distante. Estes movimentos que parecem fáceis, exigem uma sincronia complexa entre as estruturas musculares, ósseas e ligamentares.
Quando afetado pela artrose, há uma tendência de rigidez (diminuição da mobilidade) e alguns pacientes começam a sofrer de dores de maneira variável.
As manifestações clínicas da Artrose Glenoumeral podem surgir conforme o grau, bem como pela individualidade do paciente. Por ficar na parte de cima do corpo, a articulação glenoumeral é menos susceptível ao efeito da gravidade quando comparada às articulações dos membros inferiores (que precisam sustentar o peso quando estamos em pé ou deambulando). Sendo assim, algumas pessoas com ombro doente conseguem restringir suas atividades e, ocasionalmente, lidar com estágios avançados de artrose se adaptando à essa condição.
Por outro lado, alguns paciente toleram muito mal essa patologia, sendo que às vezes, ela pode ser verdadeiramente incapacitante, mesmo nos estágios iniciais da doença.
Como opções de tratamento temos o conservador tradicional, que visa promover o alívio da dor com técnicas menos invasivas, e o cirúrgico. Este vem se aprimorando progressivamente desde o desenvolvimento das próteses (artroplastias). Essa cirurgia permite combater a dor e oferecer uma melhora da função do ombro doente.
Com o advento das cirurgias por vídeo (artroscopias), surgiram também novas opções de tratamento para a artrose; em geral, essa técnica é reservada para os pacientes que não querem se submeter a cirurgia de prótese ou quando o paciente é considerado muito jovem para a artroplastia.
Qual o tipo de prótese (parcial, total – anatômica ou reversa) ideal para cada caso? Quando optar pelo tratamento conservador x cirúrgico? Qual o momento ideal para realização da cirurgia?
Estas dúvidas precisam ser esclarecidas de maneira individual. Portanto, é necessário uma boa conversa com seu ortopedista para discussão dos riscos e benefícios de cada opção de tratamento.
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